terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Arriscar não é de todo fácil... para mim é um conceito de alguma dicotomia... arrisco tanto quando o foco sou eu e tudo o que me acompanha (que vive dentro de mim), atrevo-me a dissecar, a aprofundar, a ir ao interior de cada uma das minhas angústias e alegrias... arrisco-me partindo e regressando, tudo para estar comigo e arriscar dentro de mim...
Não arrisco no Amor... e tenho tanto apego e tanto medo de perder o que já consegui... prefiro voltar uns passinhos atrás e acomodar-me ao não arriscar... e é assim que me sinto neste momento... a arriscar em mim... a trabalhar o amor dentro de mim... e a acobardar-me perante o Amor por alguém que não eu... o amor homem-mulher...
Arriscar? Não, obrigada... Prefiro viver no pouco que consegui do que pela ansiedade e desejo de ter mais, perder o que vive em mim e me acompanha... Prefiro continuar a arriscar apenas comigo própria... a única pessoa a quem posso realmente exigir coisas... e a única que sei que me acompanhará o resto da visa.

Ainda que hoje... tivesse uma enorme vontade de arriscar! Para Arriscar no Amor... é preciso uma enorme coragem! Desta vez, volto a acobardar-me...

e sigo apenas comigo mesma!

1 comentário:

PEdro disse...

"E se nos dessem a possibilidade de não sentir essa dor? Antes mortos e já!!! Antes gemer à tortura lenta da sua lâmina que salvo pela negação do que é a minha própria existência! Que venha a dor! Que aperte e torça e ignore os meus gritos de clemência! Que faça parecer a pessoa amada ainda mais amável para que o sofrimento possa simplesmente tornar-se insuportável ao coração e se torne na dor física aguda e surpreendentemente real."

Amar é viver. Nós estamos vivos. O maior risco que corremos é mesmo fechar-nos e não a experimentar - a vida, o amor.

É preciso muita coragem, sim!! Pode acontecer que seja preciso perder alguém para sentirmos o click, percebemos que não podemos ficar no nosso canto à espera.

Não há nada pior que os ses. "E se tivesse feito isto", "E se tivesse dito aquilo". Os ses ficam para sempre.

E se sofrer? Se sofrer, vivi! Volto a fechar-me? Não, eu adoro sentir que estou vivo! Eu quero ser alguém que vive!

É fácil escrever, não é??? :)

Escreve-te um rapaz que quando um dia sentiu o click, era já tarde demais. Mas fez-me bem, foi uma (dura) lição. Segui o meu caminho, com uns ses às costas, mas determinado a que não houvesse mais nenhum!

Desculpa se sentes que me intrometo. Entende-o como uma partilha. Não sou dono da razão!

Bjitos