Glen Hansard e Markéta Irglová são músicos, e não actores. O par é sem dúvida talentoso, e possui a química necessária para tornar a relação deles natural. Todas as músicas foram escritas pelos músicos que interpretam as personagens principais. As personagens de "Once" estão frequentemente divididas entre o que são, e o que gostariam de ser. É uma relação cujos intervenientes gostavam que evoluísse, embora conscientes de que tal seria impossível. No final, existe a possibilidade de um futuro feliz para os infortúnios amorosos do passado, através da ajuda que cada um providenciou ao outro no presente. É uma conclusão que, não agradando decerto a muitos, consegue ser honesta, como até ali tudo o que lhe precedeu havia sido. O relacionamento deles jamais surge como a solução dos seus problemas (sentimentais ou monetários). E ainda bem. Este é um filme com uma surpreendente noção da realidade, e isso é visível por diversas vezes. O interesse principal recai, então, na música. E é nesse departamento que o filme atinge o seu expoente máximo.
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